MoMA, um templo para contemplação de obras-primas da arte moderna

Posted on 7/13/2011 by UNITED PHOTO PRESS



'A persistência da memória', de Dalí, uma das atrações da coleção do museu americano
'A persistência da memória', de Dalí, uma das atrações
 da coleção do museu americano
O Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque é um verdadeiro templo de devoção às obras-primas modernas. Há 82 anos, o MoMA acolhe importantes pinturas do mundo inteiro e, hoje, possui a melhor e mais completa coleção de arte dos séculos 19 a 21.

São cerca de 150 mil peças entre pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, objetos decorativos e maquetes.
Fica difícil até imaginar que o MoMA, o primeiro museu a dedicar toda sua coleção ao movimento modernista, deu o seu pontapé inicial com uma doação de oito gravuras e um desenho, e depois tornou-se o mais famoso museu de arte moderna do mundo.
No Brasil

Temos no Rio nosso belo Museu de Arte Moderna,arquitetura de Reidy, fundado por Niomar Moniz Sodré Bittencourt, e por trabalho dela teve acrescido seu acervo com obras importantes de artistas nacionais e estrangeiros. A Escola de Paris com sua produção de início e meados do séc XX estava toda presente no valioso acervo do MAM. Artistas como Lazzarini, Ivan Serpa e Aluizio Carvão ministravam cursos de alto nível.

O MAM foi um movimentado centro cultural, a nível internacional, com belas e bem montadas exposições, como a do Expressionismo Alemão. Alem disso era local de debates, congressos sobre arte,performances, manifestações artísticas mixtas, educação artística,fantástica cinemateca, e ponto de encontro entre diretores do então Cinema Novo, artistas, jornalistas. O Debate Cultural estava ainda vivo, otimista e amigavel, apesar da repressão da ditadura.

O MAM foi ainda um centro cultural,local de debates e palestras, congressos,que reuniu artistas, diretores do então Cinema Novo, jornalistas. E sobretudo exposições internacionais fantásticas. Antonio Bandeira, Cacá Diegues, Patrick Caulfield, Alexander Calder, Juscelino Kubitschek, e até Leo Castelli andaram pelo MAM...Ainda garota vi alí uma exposição de Arcâgelo Ianelli que me deixou maravilhada, pelo requinte técnico. E contemporãneo, embora no histórico período moderno. Ele até poderia, no começo ter tido alguma influência de Rothko, porem a técnica dele sempre foi muito OUTRA.

Agora, creio ser muito impórtante apresentar produções dos anos 50 e 60 da arte brasileira,pois esta foi uma produção que alem de seu contexto histórico,aliado à indústria, design (a Cadeira Mole de Sérgio Rodrigues)tem a marca estética de uma época. Mas ninguem quase conhece esta fantástica produção. É hora de INFORMAR os mais jóvens! E somos tão poucos artistas!.. Salvem a memória e a nossa valiosa identidade cultural!

Evany Fanzeres