O Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque é um verdadeiro templo de devoção às obras-primas modernas. Há 82 anos, o MoMA acolhe importantes pinturas do mundo inteiro e, hoje, possui a melhor e mais completa coleção de arte dos séculos 19 a 21.
São cerca de 150 mil peças entre pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, objetos decorativos e maquetes.
Fica difícil até imaginar que o MoMA, o primeiro museu a dedicar toda sua coleção ao movimento modernista, deu o seu pontapé inicial com uma doação de oito gravuras e um desenho, e depois tornou-se o mais famoso museu de arte moderna do mundo.
No Brasil
Temos no Rio nosso belo Museu de Arte Moderna,arquitetura de Reidy, fundado por Niomar Moniz Sodré Bittencourt, e por trabalho dela teve acrescido seu acervo com obras importantes de artistas nacionais e estrangeiros. A Escola de Paris com sua produção de início e meados do séc XX estava toda presente no valioso acervo do MAM. Artistas como Lazzarini, Ivan Serpa e Aluizio Carvão ministravam cursos de alto nível.
O MAM foi um movimentado centro cultural, a nível internacional, com belas e bem montadas exposições, como a do Expressionismo Alemão. Alem disso era local de debates, congressos sobre arte,performances, manifestações artísticas mixtas, educação artística,fantástica cinemateca, e ponto de encontro entre diretores do então Cinema Novo, artistas, jornalistas. O Debate Cultural estava ainda vivo, otimista e amigavel, apesar da repressão da ditadura.
O MAM foi ainda um centro cultural,local de debates e palestras, congressos,que reuniu artistas, diretores do então Cinema Novo, jornalistas. E sobretudo exposições internacionais fantásticas. Antonio Bandeira, Cacá Diegues, Patrick Caulfield, Alexander Calder, Juscelino Kubitschek, e até Leo Castelli andaram pelo MAM...Ainda garota vi alí uma exposição de Arcâgelo Ianelli que me deixou maravilhada, pelo requinte técnico. E contemporãneo, embora no histórico período moderno. Ele até poderia, no começo ter tido alguma influência de Rothko, porem a técnica dele sempre foi muito OUTRA.
Agora, creio ser muito impórtante apresentar produções dos anos 50 e 60 da arte brasileira,pois esta foi uma produção que alem de seu contexto histórico,aliado à indústria, design (a Cadeira Mole de Sérgio Rodrigues)tem a marca estética de uma época. Mas ninguem quase conhece esta fantástica produção. É hora de INFORMAR os mais jóvens! E somos tão poucos artistas!.. Salvem a memória e a nossa valiosa identidade cultural!
Evany Fanzeres