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BERLIM - Uma exposição no Museu Judaico de Berlim documentará, a partir de 19 de setembro, a viagem e o destino final de obras de arte pilhadas pelos nazistas de famílias judias, muitas das quais ainda não foram devolvidas a seus proprietários legítimos.

Sob o título de "Roubo e restituição - Os bens culturais dos judeus desde 1933 até hoje", a mostra reúne pinturas, esculturas e objetos de porcelana e prata que foram parar em coleções privadas e em instituições vinculadas ao nazismo. Muitos desses bens ainda estão em propriedade do Estado, à espera de que novos dados facilitem a identificação de seus herdeiros legítimos.

O museu tomou como base 15 exemplos para demostrar a amplitude geográfica e a variedade da expropriação dos bens dos judeus. Estarão documentados casos como o confisco de duas pinturas de Egon Schiele em Nova York e a devolução e o leilão do "Retrato de Adele Bloch-Bauer", de Gustav Klimt.

A exposição tratará das conseqüências jurídicas da pilhagem e os atos de restituição efetuados pelo governo alemão desde 1998, data em que se tornou obrigatória a devolução, por parte dos donos atuais, de objetos de arte expropiados durante o regime nazista.