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Saíra Kleinhans tem mais de 30 exposições, realizadas não só no Japão – país onde vive há largos anos – mas também em vários países da Europa. A artista plástica e também presidente fundadora da IAPAJ Worldwide – International Association of Plastic Artists in Japan esteve na Madeira a convite de Manuel Barata, também este artista plástico com ligações a várias associações/eventos relacionados com as artes plásticas. 

Em entrevista ao JM, Saíra Kleinhans falou do seu trabalho, da sua passagem pela Madeira e também das principais linhas que orientam a sua carreira artística, construída a partir do Brasil e consolidada já no Japão.

A vice-presidente da Zarco Academy of Arts International e ainda da MIAB Portugal – Madeira International Art Biennale (ambas presididas por Manuel Barata) e diretora de arte da United Photo Press no Japão, contou que tudo começou quando decidiu “juntar” à IAPAJ artistas de todo o mundo. Aos poucos, um projecto que começou por ser restrito aos artistas estrangeiros que expunham no Japão, acabou por estender-se a outras partes do mundo, entre as quais Portugal.

Foi assim que, já na quarta exposição da IAPAJ, Saíra conseguiu apresentar no Japão trabalhos de artistas portugueses, aumentando a presença lusa um ano mais tarde, mais precisamente em Julho último, aquando da 5.ª exposição daquela associação e onde apresentou à comunidade artística do Japão dois artistas plásticos da Madeira: Manuel Barata e Guareta Coromoto.

 

E como este “intercâmbio artístico” é para continuar, Saíra Kleinhans anunciou que trará, já para a segunda edição da exposição Femina – Arte no Feminino (da MIAB Portugal), que será inaugurada a 13 de Dezembro próximo, no Museu Casa da Luz, um trabalho de uma artista japonesa e que, em 2014, já no âmbito da Bienal de Arte da Madeira serão três os artistas vindos do Japão.

Ilha inspirou artista a produzir obras

Durante o período de tempo em que esteve na Madeira, Saíra Kleinhans aproveitou para produzir algumas obras. Duas delas poderão ser apreciadas já na próxima edição do Femina, em Dezembro, e outras na Bienal de 2014.

«Em vez de carregar quadros decidi criar aqui na ilha os meu trabalhos, aproveitando a troca de experiências e de conhecimentos adquiridos. Neste período fiquei muito inspirada e criei uns trabalhos que acho quer vão ter um certo impacto», adiantou, a respeito.

De salientar que, para a mostra da Academia Zarco (que terá lugar no Terminal de Cruzeiros do Funchal), Saíra Kleinhans revelou que serão apresentadas «algumas obras que eu criei no Japão e que já foram para a Europa, como também outros trabalhos que eu já criei aqui».