Feira Medieval de Silves

Posted on 8/16/2009 by UNITED PHOTO PRESS



A sexta edição da Feira Medieval de Silves tomou conta do centro histórico da cidade, entre os dias 8 e 16 de Agosto de 2009, das 18h00 à uma da manhã. Contou com nove dias de recriação fiel do ambiente vivido na antiga capital do Al-Gharb.

Os primeiros dias da Feira foram de influência predominantemente árabe e os últimos dias de influência marcadamente cristã, num esforço de situar historicamente a recriação do espaço e factos dramatizados ao longo dos nove dias do evento nos séculos XI, XII e XIII. Num cenário natural e único no que concerne ao património edificado, do vermelho do grés que coabita com o ocre que pincelou beirais e paredes, passando por pátios e varandas, passaram figuras do povo, do clero ou da nobreza, homens de armas e muitos outros. Entre os sons e os aromas característicos, foram muitos os apelos aos sentidos e ao imaginário de cada um.

Do rio Arade ao Castelo surgiu todo um ambiente de festa e de descoberta contínua. A história foi contada não só através das várias representações, mas também pela cenografia envolvente e por inúmeros apontamentos que surgiram, ora num painel, ora numa exposição, ou até mesmo num edital.

Tudo começou no dia 8, ao som de tambores que rufiaram por toda a cidade. Músicos, bailarinos, outros artistas e personagens juntaram-se e junto ao cais esperaram Ibn Mozaine, nomeado governador de Silves, quando esta cidade integrava o Al-Andalus.

Ao longo dos dias foram recordados os povos que ali viveram, respeitando e valorizando o legado por eles deixado: da judiaria e seu lugar de culto à mesquita e a outros credos, culminando no cristianismo, que terá larga expressão quando D. Paio Peres Correia conquistar definitivamente Silves. Por fim e numa inesquecível viagem pelo tempo, relembraremos como D. Dinis, Senhor e Rei de Portugal e do Algarve, soube administrar, reordenar e fazer poesia.

A animação foi uma constante, da música à representação, sem esquecer a gastronomia, chegando ao pormenor da moeda: no recinto da feira só se pagava com XILB (o câmbio era feito à entrada e à saída). E quem quis abraçar verdadeiramente o espírito medieval pode alugar trajes adequados pelo valor de dois euros (ou, melhor dizendo, 2 XILB).