Carlos Sousa um Fotógrafo com muito “close”

Posted on 9/03/2008 by UNITED PHOTO PRESS

Ama a fotografia e isso está bem patente no seu trabalho. Com inovação, criatividade e determinação, o fotógrafo criou uma multipla carreira a partir daquilo que começou por ser apenas um hobby de infância, da agência fotográfica ao fotojornalismo da fotografia abstrata á de desportos radicais passando ainda pela criação de microsites, pela cozinha regional, ambientalista e representante local do povo Tibetano. A Euronews foi conversar com o fotógrafo que leva o nome da United Photo Press aos quatro cantos do mundo.

Carlos Sousa move-se em diversas áreas da sua arte. Vive dividido entre Portugal e o Brasil, mas vai rodando o mundo. À vertente fotográfica, juntou a de fotojornalista e é, actualmente, colaborador assíduo de vários jornais e revistas regionais, nacionais e estrangeiras. Outro dos seus hobbies é a musica que alia com o trabalho profissional, actividade que lhe dá um prazer especial fotografar. «Quando os concertos atingem um público elevado, como foi recentemente dos ex-DOORS integrado nos eventos do Allgarve ou Tiesto e David Guetta, prefiro ficar mesmo no meio da multidão e sentir o feeling do momento, quando estou a tirar as fotografias», confessou, com um sorriso entusiasta. Os primeiros trabalhos profissionais que fez foram como fotógrafo de actividades Radicais como o Salir TT e o TransAlgarve, ainda hoje colabora com várias associações como a Zonaventura http://www.zonaventura.org/

Também enveredou, recentemente, por uma área mais comercial, a de divulgação de associações,ong’s, voluntariados e afins pela internet, tendo mesmo criado um departamento dentro da United Photo Press a Sites For All que faz os microsites e os coloca no ar em 24 hrs. «Foi uma fase determinante da minha vida a criação da SFA, eu já era ambientalista e sempre tive uma relação muito própria com causas nobres e associações humanitárias, pelo facto temos microsites criados pelo mundo fora, foi através de um deles que recebi um mail “fantástico” e... ter acedido de imediato ao pedido por parte da organização de Dalai Lama da criação de um microsite em lingua Portuguesa com fotos bem explicitas do sofrimento Tibetano, fiquei a conhecer mais de perto a causa Tibetana e gostaria que todos, de alguma forma entendessem, pelo menos éticamente o que está em jogo nas manifestações contra o domínio chinês no Tibete..., posteriormente fui convidado a ser representante local, lugar que ocupo até hoje». referiu emocionado, sobre o Free Tibet Portugal http://www.freetibetportugal.org/

Como contou ao nosso jornal, a paixão pela fotografia surgiu muito cedo, mas só há cerca de 12 anos é que tomou realmente forma a parte profissional tendo feito vários cursos e workshops um pouco por todo o mundo sendo um deles uma pós-graduação no New York Institute of Photography. A evolução técnica foi conseguida através de diversos cursos e oficinas de trabalho, mas também de pesquisa feita a título pessoal. «Sempre que existem workshops vocacionados nas áreas que eu gosto tento frequentá-los, seja em Portugal ou em Nova Iorque», assegurou. Nessas ocasiões, além de aprender um pouco mais sobre a arte a que se dedicou, também aproveita para conhecer locais «não de indole turistica» e pessoas, já que a comunicação é uma forte habilidade de relacionamento de Carlos Sousa.

«Desde criança que gostava de fotografar, ainda hoje tenho uma maquina que era do meu avó materno e minha recordação de infância e adolescente, tirei muitas fotos com ela, é uma Kodak Junior I, fabricada em 1950 em Inglaterra e utiliza uma pelicula 620, por incrivel que pareça ainda hoje a uso para uns trabalhos especificos, não existe nada parecido, nem a minha Canon Mark III» conta, a rir.

«Ao início fotografava mais rostos. Saía com os amigos, e fotografava os rostos com os ambientes por tráz, mas o que me seduz por completo é fotojornalismo puro e duro, ainda vou para uma área de guerra, já esteve por um fio a minha ida para a Georgia neste ultimo conflito...», contou. Carlos Sousa vive com entusiasmo para o mundo da fotografia, procurando superar-se a si próprio a cada dia. «Gosto que as pessoas do meio jornalistico com quem convivo diáriamente comentem o meu trabalho, dizendo o que acham que está mal e o que está bem, sempre gostei da critica desde que seja construtiva», revelou. Desde há anos que mantém presença no site «olhares», www.olhares.com/bykynys uma comunidade de fotógrafos online. Aqui, sobe o nome de BYKYNYS IN NEW YORK teve muito feedback em relação a outro tipo de trabalho fotográfico, que lhe permitiu evoluir na área da fotografia digital abstrata. «Fui influenciado por amigos a soltar o meu lado mais rebelde e me voltei para a fotografia digital abstrata com a componente de cores e traços irreverentes, que marcam a partida para uma futura exposição, trabalho para expor eu já tenho faltam apenas locais com as condições necessárias para tal...».

Sendo um homem de muitos projectos, o manager da agência fotográfica United Photo Press http://www.unitedphotopress.com/ que tem também fotógrafos e jornalistas associados no Brasil, Carlos Sousa sempre faz questão de anunciar que «é uma agência onde são os fotógrafos ou jornalistas associados na Europa e no Brasil, que decidem os rumos e as orientações dos trabalhos a serem realizados, só o facto de usarem o nosso nome já é uma segurança de profissionalismo, pelo facto quantos mais associados tivermos melhor será a nossa oferta ao cliente e por consequência mais areas de actuação abrangidas, no entanto todos passam por uma rigorosa fase de formação inicial para que todos os critérios iniciais sejam aplicados...»,refere com ar de dever cumprido.

Na hora de enumerar algumas das suas ideias para o futuro como a exposição de fotografia digital abstrata que referiu anteriormente, o fotógrafo que também tem um pézinho na cozinha regional refere que, «Estas actividades estão cada vez mais esquecidas. Gostava de fotografar os pratos tradicionais feitos no local “in loco”, eu, assim como uma grande parte das pessoas gosta de saber como são de verdade, e de os registar desde o preparo até á mesa», disse. «Sempre fui apaixonado pela cozinha regional, tirei até um curso. Pelo facto algum do meu trabalho está, por isso, ligado á restauração», confessou.