Faculdade de artes visuais de Nova Iorque pretende incluir Etonismo no currículo

Posted on 6/09/2008 by UNITED PHOTO PRESS

Fruto da ida do artista plástico António Tomás Ana “Etona” aos EUA e consequentemente da apresentação do Etonismo nas terras do Tio Sam, o director administrativo da Faculdade de Artes Visuais da Universidade de Nova Iorque (NYU), Christopher ­Cyphers, pretende incluir futuramente esta teoria entre as inúmeras correntes artísticas que fazem parte do currículo académico daquela instituição.“Acho que a filosofia de etonismo poderá certamente fazer parte do currículo de mestrado em Crítica de Arte, pela sua teoria assente em valores de igualdade e tolerância e enquadramento no actual contexto da realidade africana. Discutimos isso com o presidente do programa de mestrado, David Levi-Strauss, e ele está a projectar um cronograma de inserção a esse respeito”, disse Christopher Cyphers.Por sua vez, David Levi-Strauss realçou o facto de a crítica que fundamenta o etonismo ser uma mais valia no programa da faculdade pelo seu rigor construtivo na análise estrutural e semiótica. “Abriremos um debate a volta do tema na página da Internet da faculdade: isso permitirá os mestrandos conhecer a crítica sobre a arte de Etona e o seu movimento. Precisar-se-á, porém, de mais materiais: catálogos das exposições, fotografias das obras, bibliografias emitidas, as apreciações e refutações da arte deste pintor, assim como as suas ideias para a materialização do projecto”.Autor de uma obra intitulada «Entre os olhos: Ensaio sobre a fotografia e a política», publicado em 2003, David Levi-Strauss adiantou que as finalidades do Instituto Etona em Angola dá resposta para algumas das perguntas levantadas sobre a obra do pintor, por incluir a ideia da “socialização da tolerância através da educação”. A possibilidade duma exposição colectiva (e individual a posterior) de Etona nos EUA também foi apresentada, durante o seu programa de visita àquele país terminado no passado dia 4 do corrente, assim como a intenção de se estabelecer um vínculo de cooperação artística entre a Moma e os criadores angolanos. De salientar que o futuro Instituto Etona terá como objectivos recuperar as crianças vítimas da guerra para uma educação artística, baseada na razão tolerante, no ensino básico e médio (que incluirá numa primeira fase somente escultura e pintura). De acordo com Etona, durante o tempo da formação, as produções escolásticas do aluno serão comercializadas, uma proporção da venda a ser depositada na conta própria do aluno. “O Instituto propiciará a formação universitária e ao mesmo tempo o empregará na administração das aulas. Com isso a metade do seu salário será depositado na sua conta própria”, disse, realçando que o projecto ainda está a nascer.