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• Pinturas e colagens de David de Almeida dão corpo à exposição "Abanicos y kimonos" (Leques e quimonos) patente a partir de quinta-feira, e até 30 de Agosto, na galeria Picasso Mio, de Madrid.

Pintor, gravador e escultor, David Almeida mostra desta vez os seus trabalhos "num diálogo entre Oriente e Ocidente com um desenvolvimento formal e estético de dois símbolos do traje tradicional japonês: leques e quimonos", informa a galeria. Lembra a propósito que "os diálogos interculturais foram desde sempre uma constante na obra do artista", sobre a qual "pode afirmar-se (...)que se caracteriza pela fascinação dos diferentes espaços e tempos que constituem a história da humanidade". Sobre a obra de David de Almeida escreveu um dia José Saramago: "O que parece único é plural, o que é plural sê-lo-á mais ainda. Não é menos verdade, no entanto, que, na fulguração exaltada de um só tom, ou na sua musical modulação, estejam presentes e vivos todos os outros, tanto os das cores que já têm nome, como os das que ainda o esperam". Nascido em 1945 em S. Pedro do Sul, David de Almeida frequentou a Escola António Arroio, a Gravura - Cooperativa de Gravadores Portugueses, o Atelier 17 (Paris) e a Goldsmiths University of London (Holography workshop), como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Expõe indiviual e colectivamente desde 1970, tendo participado regularmente em Feiras de Arte como a Artexpo de Nova Iorque, Estampa e Arco de Madrid e a de Frankfurt, entre outras, e em Bienais Internacionais como as de São Paulo, Ljubljana, Cracóvia, Paris e São Francisco. Aos 32 anos foi distinguido com a Medalha de Ouro da Associação de Gravadores Espanhóis, Madrid, galardão a que se seguiram o Prémio Nacional de Gravura, em 1980, o Grande Prémio de Gravura na Bienal de Vila Nova de Cerveira, em 1982, o Prémio de Aquisição na III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1986, o Prémio Nacional de Gravura - Museu de Gravura Espanhola Contemporânea, Espanha, em 1999, o Prémio Julio Prieto Nespereira - Medalha de Bronze, na VIII Bienal Internacional de Grabado Caixanova, Ourense, em 2004, e o Prémio Internacional de Arte Gráfica Jesús Núñez - Betanzos - Corunha, 2006. Em Portugal, tem obras na Biblioteca Nacional, Museu de Grão-Vasco, Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, e, no estrangeiro, no Museu de Gravura Espanhola Contemporânea, em Marbella, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, na Biblioteca Nacional de Paris, no Museu de Arte Contemporânea, de Skopje, Macedónia, e no The Kendall Whalling Museum, Sharon, Estados Unidos, entre outras instituições.