Colecção Deutsche Bank na Gulbenkian

Posted on 6/04/2008 by UNITED PHOTO PRESS

  • "Drawing a tension" é o título da exposição de 120 obras escolhidas a partir das mais de 50 mil peças da colecção de arte do Deutsche Bank, que está patente na Sala de Exposições Temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Jürgen Bock, director da Escola de Artes Visuais Maumaus, curador e crítico de arte e comissário da participação portuguesa na última edição da Bienal de Veneza, é o responsável por esta mostra, que traz, pela primeira vez, a Portugal obras deste acervo. O próprio discurso expositivo é, também ele, inédito, já que se adequou ao edifício de acolhimento, a sede da Fundação."Drawing a tension" organiza-se em torno de cinco núcleos, onde prevalecem obras modernistas, abrangendo, no entanto, um arco temporal que vai desde 1922 aos nossos dias. A exposição, que poderá ser visitada até 7 de Setembro, poderá ser uma das últimas oportunidades de ver fora da Alemanha três trabalhos. Uma tela que Sigmar Polke pintou para a Bienal de Veneza em 1985, um trabalho de Joseph Beuys (que inclui uma tabelete de chocolate) e um desenho com fotografia de Blinky Palermo, tudo obras que, cada uma à sua maneira, correm o risco de se perderem devido à deterioração dos elementos que as compôem. "A colecção do Deutsche Bank surgiu nos anos 80, exclusivamente destinada aos seus espaços, para usufruto de colaboradores e clientes. Inicialmente focada na arte alemã, sobretudo no desenho e na fotografia, a colecção foi-se internacionalizando, com aquisições alargadas à pintura e à escultura. Hoje em dia, está essencialmente vocacionada para os jovens valores emergentes", lê-se numa nota da entidade bancária. Um programa de conferências acompanha a exposição, juntando oradores como Diedrich Diederichsen, que falará sobre a obra de Martin Kippenberger, e os artistas Karin Sander e Olav Christopher Jenssen, convidados a reflectir sobre as suas práticas artísticas.