Artista Plástico Brasileiro destaca-se no cenário norte- americano

Posted on 5/31/2008 by UNITED PHOTO PRESS

  • Hamilton Aguiar faz pinturas de óleo sobre folha de prata ou cobre.
O mineiro Hamilton Aguiar, de 42 anos, está conquistando os Estados Unidos e o mundo com suas obras de arte. Hamilton já viajou toda a América do Norte levando obras únicas e já deixou sua marca em países como Canadá, Suécia, Korea, França, Inglaterra e Japão. Em novembro, o artista vai expor suas artes na Galerie Mensing, Munich - Alemanha. “Meus quadros são paisagens, tudo meu tem árvores. Todos meus quadros, eu pinto em cima de folha de prata ou de cobre , eu construo na tela, forro ela “todinha” com prata ou cobre e depois pinto com óleo. O nome técnico é ‘Óleo sobre folha de prata ou cobre”, explica ele. Hamilton conta que está negociando com uma galeria em Cingapura e Dubai, “estou torcendo para que dê certo”, revela o artista. Sua obra mais valiosa vendida em galeria foi $75 mil e em leilão $100 mil. Para saber mais informações sobre o artista e as datas dos seus shows, visite o site: http://www.hamiltonaguiar.com/
  • Início de carreira
O mineiro contou ao Brazilian Voice que via sua mãe pintar quadros como hobby, “ Eu gosto de desenhar desde pequeno. No Brasil, antes de vir para cá, eu criava camisa, trabalhava com desenho gráfico, fiz alguns cursos técnicos de desenho arquitertônico, perspectiva, cursos básicos. Cheguei a trabalhar com arquitetura e fiz alguns projetos de prédios”, relembra. Hamilton chegou nos Estados Unidos em 1987, “Eu vim por causa de uma namorada que veio por intercâmbio, ela voltou para o Brasil e me chamou para morar 1 ano aqui, na época eu tinha 21 anos e aceitei. Morei 2 semanas em Astória, depois apareceu um emprego de pintor de casas e fui para SouthHampton, Long Island, morei lá 18 anos, de 1987 a 2004. Hoje moro em Rochester, New York, porque tenho um estúdio lá há 3 anos, mas os verões passo em SouthHampton”, disse ele. Como muitos imigrantes que moram nos Estados Unidos, Hamilton trabalhou muito tempo em construção, mas resolveu abrir o próprio negócio, “quando eu montei minha firma, conheci uma advogada e dei entrada nos meus papéis para me legalizar, então fiz um quadro para dar de presente, e ela me aconselhou a fazer pintura decorativa, resolvi seguir o conselho, procurei saber como era, comprei uns livros e comecei a aprender sozinho essas técnicas de pintura decorativa. Até que fiz um trabalho em Long Island e uma pessoa de New York viu meu trabalho, gostou e me ligou. Eu trabalhei com ele por bastante tempo, fazendo restauração de igrejas. Fomos para Lousiana e depois para Barramas trabalhar no “Atlantas Cassino” e com isso eu fui aprendendo várias técnicas, mexendo com folha de prata e de ouro. Por isso que todos os meus quadros são feitos com folha de prata ou de cobre”“Boom” no mercado da arte“Em 1999, eu resolvi montar uma galeria de arte em SouthHampton e comecei a representar muitos artistas. Representei o Romero Brito, que fez duas exposicões na minha galeria, em 2000 e 2001. Comecei a representar alguns artistas brasileiros, muitos de Belo Horizonte, como por exemplo, o Renê Nascimento, o negócio foi crescendo e comecei a representar americanos e euroupeus também. Nesse meio tempo, eu casei, minha filha ia nascer e resolvi então fechar a galeria, porque estava muito difícil “tocar” a companhia de construção e a galeria. Em 2004, eu comecei a pintar e resovi participar do ArtExport em New York, levei uns quadros para lá, fiz um show, e o négócio realmente pegou, tanto que eu resolvi fechar a empresa de construção uma semana depois e me dedicar 24hrs a pintura”, revela Hamilton. Ele fala da felicidade de poder fazer de seu trabalho um “hobby” na vida. “Eu falo para todo mundo, agora valeu à pena os 20 anos que fiquei aqui. Aconteceu muita coisa boa antes, muita ralaçao. Agora não deixa de ser ralação, mas muito mais prazeroza. É muito gostoso, porque eu viajo, conheço muita gente e lugares novos toda hora”, explica. O mineiro está começando a fazer trabalhos tridimensionais, “acabei de fazer uma escultura de ferro , uma árvore que chama Solitude. Muita gente fala que meu trabalho parece muito com fotografia, muitos acham que o trabalho é feito em computador, e quando chegam perto e percebem que é pintado a mão se surpeendem, alguns dizem que parece negativo de fotografia. Estou fazendo um agora que tem 8 pés de altura por 30 pés de comprimento, vão ser 9 pedaços de negativos, essa vai ser a maior obra que eu vou fazer, estou trabalhando nela. O objetivo é fazer com que as pessoas se sintam andando em um monte de negativos”, retrata Hamilton. Mensagem para novos artistas“Quando eu fazia relevo sobre tela, uma escultura sobre tela, as pessoas diziam que era super legal, mas diziam que eu tinha que me encontrar, uma coisa que fosse única, que me identificasse. Um dia eu pintei a minha primeira árvore, um quadro pequeno, uma imagem, que eu vi e tocou, fui para o estúdio e pintei esse quadro. Foi daí que tudo começou. Para o artista novo, digo para acreditar e tentar encontrar o que ele tem lá no fundo, que seja realmente ele. O artista tem que estar aberto a crítica e procurar entender o mercado. O mercado da arte é maravilhoso, que abrange muita gente, na arte sempre vai ter alguém que vai gostar do seu trabalho. É acreditar e batalhar. Demorou 18 anos para me encontrar, mas depois que deu certo é uma maravilha, é o melhor trabalho do mundo. Bom demais!, finaliza Hamilton. Ele comenta também sobre a importância do artista brasileiro no exterior: “Tem tanto artista brasileiro bom e respeitado, quadros que valem mais de 100 mil dólares. A arte e a comida brasileira são muito bem aceitas e respeitadas em todo mundo, sem dúvida nenhuma”.