Museu do Louvre

Posted on 4/14/2008 by UNITED PHOTO PRESS

Ir a Paris e não visitar o Louvre é como ir ao Vaticano e não ver o papa. Um pecado. O museu abriga obras de mestres da pintura e da escultura européia, antiguidades egípcias, gregas, etruscas, romanas e outros objetos de arte. A coleção do Louvre é considerada uma das mais importantes --e impressionantes-- do planeta. O acervo é tão vasto que exigiria dias, semanas, meses --ou uma vida toda, diriam alguns-- para ser totalmente apreciado. O Louvre é uma das centenas de atrações presentes nas 720 páginas do guia, que revela o que a França tem de melhor e reúne recomendações úteis para o visitante planejar seu roteiro de viagem.
MUSEU DO LOUVRE
O Louvre contém uma das mais importantes coleções de arte do mundo e sua história vem dos tempos medievais. Foi uma fortaleza construída em 1190 pelo rei Filipe Augusto para proteger Paris dos ataques vikings. Francisco I substituiu a torre de prisão por um edifício em estilo renascentista. Depois, quatro séculos de reis e imperadores melhoraram e ampliaram o museu. As últimas aquisições são as coleções de arte da África, Ásia, Oceania e Américas, no Pavilon des Sessions até 2004.
O ACERVO DO LOUVRE
Devido ao tamanho da coleção do Louvre, é interessante estabelecer uma hierarquia antes de começar. A coleção de pinturas européias (1400-1848) é abrangente, com mais da metade das obras de artistas franceses. As coleções de antiguidades orientais, egípcias, gregas, etruscas e romanas foram renovadas, com numerosas aquisições e tesouros raros. Os objets d'art expostos incluem mobiliário e jóias.
Pintura Européia: 1200 a 1848A pintura do norte e centro da Europa (flamenga, holandesa, alemã e inglesa) está bem representada. Um dos trabalhos flamengos mais antigos é de Jan van Eyck: A Virgem de Autun (c.1435) retrata o chanceler Rolin, da Borgonha, ajoelhado em oração perante a Virgem e o Menino. O quadro de Hieronymus Bosch, Barco dos Loucos (1500), é uma sátira à futilidade da existência humana. Na coleção holandesa destacam-se o Auto-retrato de Rembrandt e seus Discípulos em Emmaús (1648) e Betsebá (1654).
Os três mais importantes pintores alemães dos séculos 15 e 16 estão representados por obras importantes: um Auto-retrato (1493), de Albrecht Dürer, a Vênus (1529), de Lucas Cranach, e o Retrato de Erasmo (o grande humanista), de Hans Holbein.
A coleção de quadros italianos é grande e abrange o período de 1200 até 1800. Os pais dos primórdios da Renascença, Cimabue e Giotto, estão representados, assim como Fra Angélico, com A Coroação da Virgem (1435), e Pisanello, com o quadro Retrato de Ginevra d'Este (c.1435). Várias pinturas de Leonardo da Vinci, como por exemplo a Virgem com o Menino Jesus e Santa Ana, são tão encantadoras quanto a Mona Lisa. A coleção de telas francesas do Louvre vai do século 14 a 1848. As obras posteriores estão no Musée d'Orsay. Um quadro que chama a atenção é A Pietá de Villeneuve-les-Avignon (1455), de Enguerrand Quarton.
O pintor da melancolia do século 18, J.A. Watteau, está presente, assim como J.H. Fragonard, mestre do rococó, cujo interesse por assuntos frívolos fica claro em As Banhistas, de 1770.
Escultura Européia: 1100 a 1848As esculturas da coleção, flamengas e alemãs, são obras-primas, tais como o trabalho de Tilman Riemenschneider, Virgem da Anunciação, do fim do século 15, e um nu em tamanho natural da penitente Maria Madalena, de Gregor Erhart (início do século 16). Uma obra importante de Adrian de Vries, Mercúrio e Psique, de 1593, foi originalmente feita para a corte de Rodolfo II em Praga.
A seção francesa começa com trabalhos românicos como a figura de Cristo de um escultor da Borgonha do século 12 e a cabeça de são Pedro. Com seus oito pranteadores encapuzados, a tumba de Philippe Pot (um alto funcionário da Borgonha) é uma das peças extraordinárias. Diana de Poitiers, amante de Henrique II, tinha uma estátua grande de sua homônima Diana, deusa da caça, no pátio de seu castelo no oeste de Paris. Hoje esta estátua está exposta no Louvre.
Trabalhos do escultor francês Pierre Puget (1620-94) estão reunidos no pátio Puget. Eles incluem a figura de Milón de Crotona -o atleta grego cuja mão ficou presa em uma fenda de um toco de árvore e foi devorado por um leão. Os Cavalos de Marly estão no pátio Marly, com outras obras-primas da escultura francesa, incluindo bustos de homens famosos, como Diderot e Voltaire, de autoria de Jean-Antoine Houdon (século 19). A coleção de escultura italiana inclui obras esplêndidas como os dois escravos de Michelangelo e a Ninfa de Fontainebleau, de Benvenuto Cellini.
Antiguidades Egípcias, Gregas, Etruscas e Romanas
O Louvre passou por uma revisão que renovou o acervo de antiguidades. Há objetos do período neolítico até a queda do Império Romano. Entre as novas peças em exposição estão vidrarias de 600 a.C.. Peças importantes de arte da Mesopotâmia incluem um dos mais antigos documentos legais do mundo, um bloco de basalto com um código do rei Hamurabi da Babilônia, de 1700 a.C..
Os guerreiros assírios estão representados por delicadas talhas e uma espetacular reconstrução de parte do palácio de Sargão II (722-705 a.C.), com seus enormes touros alados. Belos exemplos de arte persa são os tijolos esmaltados representando a guarda pessoal de arqueiros do rei da Pérsia (século 5o a.C.).
A maior parte da arte egípcia era feita para os mortos, que tinham tudo o que fosse necessário para a vida futura. Exemplos incluem vários retratos funerários em tamanho real, como o Escriba Sentado e esculturas de casais. O departamento de antiguidades gregas, romanas e etruscas contém um vasta coleção de fragmentos, com algumas peças excepcionais. Há uma cabeça geométrica das Cíclades (2700 a.C.) e uma tigela elegante com um pescoço de cisne, martelada em folha de ouro (2500 a.C.). As duas estátuas gregas mais famosas são a Vitória da Samotrácia e a Vênus de Milo, ambas do período helenístico (fim do século 3o e 2o a.C.), quando se produziram formas humanas mais naturais.
A estrela indiscutível da coleção etrusca é um sarcófago em terracota de um casal que parece estar presente a um eterno banquete, enquanto o destaque da seção romana é a cabeça de bronze do imperador romano Adriano, do século 2o.
Objetos de Arte


Este termo abrange uma grande variedade de itens: jóias, relógios de parede, relógios de pulso, tapeçaria, miniaturas, prataria e objetos de vidro, talheres, marfim talhado bizantino e parisiense, esmaltados de Limoges, porcelana, objetos de pedra franceses e italianos, tapetes, caixas de rapé, instrumentos científicos e armaduras. O Louvre possui mais de 8.000 peças de muitas idades e regiões. Muitos desses objetos preciosos vieram da Abbaye de St-Denis, onde eram coroados os reis da França. Os tesouros incluíam um prato serpentiforme de pedra do século 1o d.C. com uma borda de ouro e pedras preciosas do século 9o, um vaso de pórfiro decorado em prata dourada sob a forma de uma águia, que pertenceu a Suger, abade de St-Denis, e o cetro de ouro do rei Carlos V (c. 1380).
As jóias da coroa francesa incluem as coroas da coroação de Luís XV e Napoleão, cetros, espadas e outros acessórios das cerimônias. Encontra-se em exposição o Regente, um dos diamantes mais puros do mundo, que Luís XV usou quando foi coroado em 1722.
Uma sala inteira está reservada para uma série de tapeçarias denominadas Caçadas de Maximiliano, originalmente executadas para o imperador Carlos V, da Espanha, em 1530. A grande coleção de móveis vai do século 16 ao 19 e está organizada por época ou em salas reservadas às doações de eminentes colecionadores. Há peças de excepcionais fabricantes de móveis, como Charles Boule, marceneiro de Luís XIV, que trabalhou no Louvre do fim do século 17 até meados do século 18.