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Nesta exposição cerca de 100 moldes de peixes em bronze estão pendurados no tecto com diferentes alturas e jorram água que cai num reservatório fazendo um barulho considerável. O barulho produzido envolve o espaço e mistura-se também com o próprio barulho dos motores que voltam a bombear a água para que o ciclo não pare. Esta recente obra (2005) de Bruce Nauman continua a aprofundar as suas antigas preocupações - referindo-se de novo a uma afirmação de há décadas: "o artista é uma espantosa fonte luminosa". "Fonte de Cem Peixes" é assim um manifesto em grandes dimensões, feito em tom humorístico. No entanto, a ideia de vermos peixes que voam e que deitam fora água, elemento base para a sua subsistência, será seguramente algo que fez reflectir Nauman, considerado dos mais importantes artistas da segunda metade do século XX. Nauman frequentou a universidade de Wisconsin, em Madison, nas áreas de Matemática e Física, antes de estudar Artes. Por pouco tempo, foi baixista de jazz.

Depois de desistir da pintura, dedicou-se à escultura e à arte da performance na Universidade da Califórnia, onde completou o seu mestrado em Belas Artes, em 1966, ano em que iniciou suas experiências com filmes. O criador é membro da Academia Americana de Artes e Ciências de Cambridge, Massachussets, e membro da Academia Americana de Artes e Letras de Nova Iorque. Entre inúmeros prémios ao longo da sua carreira, Nauman ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 1999. A sua arte multimédia é uma arte em que se usa a si próprio como forma de questionar os parâmetros da arte e o papel do artista, sendo por isso, considerado o pioneiro da "Body Art".