Rio recebe duas exposições relacionadas à natureza

Posted on 6/01/2012 by UNITED PHOTO PRESS MAGAZINE

Amazônia, ciclos de modernidade
Já no clima da Rio+20, convenção da ONU sobre o clima que será realizada de 13 a 22 de junho, a capital fluminense recebe duas exposições relacionadas à natureza. Uma retrata a floresta amazônica; outra, o cerrado.

"Amazônia - Ciclos de modernidade" foi inaugurada na última segunda-feira no Centro Cultural Banco do Brasil. Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra reúne cerca de 300 obras produzidas a partir do século XVIII em cerca de mil metros quadrados. São fotografias, pinturas, desenhos, esculturas, objetos e vídeos de artistas originários da Amazônia ou que têm relação com a região. Cada sala do primeiro andar é dedicada a um período, como Iluminismo, Ciclo da Borracha e Modernismo. A arte contemporânea está distribuída por várias áreas.

A exposição começa com duas peças que causam impacto. A primeira são os gritos do artista amazonense Rodrigo Braga no meio da floresta. A performance, intitulada "Mentira repetida", foi gravada em vídeo e se estende por cinco minutos e 20 segundos. A outra surpresa é uma fotografia da paraense Berna Reale, retratada deitada nua enquanto urubus devoram pedaços de carne espalhados sobre seu corpo. É uma crítica à exploração do trabalho na região.

Ao longo das salas é possível conhecer fotos em preto e branco do francês Pierre Verger e de brasileiros como Elza Lima. Entre os modernistas há obras de Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro e Raul Bopp. Representam a arte contemporânea Cildo Meireles, Adriana Varejão, Emanuel Nassar e outros. A exposição, grátis, pode ser visitada de terça a domingo, das 9 horas às 21 horas, até 22 de julho. O CCBB fica na rua Primeiro de Março, 66, no centro.

Já a exposição "Brasil Cerrado", do artista plástico goiano Siron Franco, estará em cartaz de 12 a 24 de junho no Museu de Arte Moderna (MAM) (Avenida Infante Dom Henrique, 85, no Flamengo). Criada especialmente para a Rio+20, a mostra é uma videoinstalação sensorial distribuída por quatro salas e dois painéis. Flores, pássaros, animais, cores e odores do cerrado são expostos em projeções em alta definição, esculturas, fotos e textos. Os ambientes têm som e odores típicos da região.

A segunda parte da exposição aborda a destruição do cerrado. "A intenção é provocar conforto e desconforto. Apresento o acolhimento que a natureza nos proporciona e também a destruição que o homem vem causando", diz Siron. Ao fim da visita o público pode ver mapas da degradação do cerrado, em tempo real, a partir do site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A exposição pode ser visitada das 12 horas às 18 horas, de terça a sexta, e das 12 horas às 19 horas, aos sábados, domingos e feriados.