Milhões em obras de arte saem de Portugal

Posted on 4/09/2012 by UNITED PHOTO PRESS MAGAZINE


Peças têm sido vendidas a colecionadores estrangeiros. Só nos últimos 3 anos saíram mais de 50 milhões de euros em arte.

Nos últimos três anos saíram de Portugal mais de 50 milhões de euros em obras de arte. Entre peças de pintura, escultura e mobiliário, foram vendidas coleções inteiras para o estrangeiro. O fenómeno é mais um dos muitos sinais da crise económica que o país atravessa.

São peças nacionais e estrangeiras de pintura, escultura e mobiliário. Desde Renoir a peças de pintura portuguesa do século XVI, ou artes decorativas e mobiliário D. José I, as peças têm saído do país a um ritmo crescente.

Se em 2009 os registos de exportação de obras de arte representavam 3 milhões de euros, o valor mais do que triplicou em 2010. E atingiu os 37 milhões no ano passado. 

A verdade é que os números podem ser ainda maiores já que há saídas não registadas por causa de transações que contornam os procedimentos legais.

O estado pode declarar interesse público e acionar o direito de preferência na aquisição, mas em tempo de vacas magras e em regime de severa austeridade nas contas. Nada há a fazer para impedir a saída de obras de arte. Que têm sido vendidas a colecionadores estrangeiros.

Entrevistado pelo público, o diretor do instituto dos museus e da conservação, Elísio Sumavielle, defende que mais importante do que usar o direito de preferência é saber onde estão as peças para pedir por empréstimos. Por entender que a aquisição não é a única forma de acesso à arte.