Barco-museu nas águas do Rio São Francisco

Posted on 8/30/2011 by UNITED PHOTO PRESS

No próximo mês de setembro, a embarcação cultural vai abrigar o projeto Cinema no Balanço das Águas, idealizado pelo Museu Coleção Karandash de Arte Popular e Contemporânea, e selecionado no Programa BNB de Cultura, edição 2011 no Brasil.

Durante seis dias, experientes arte-educadores estarão nos municípios alagoanos de Pão de Açúcar e Piranhas para realizar oficinas de fotografia, vídeo e imagens (desenho, pintura e escultura).

As primeiras atividades acontecem nos dias 09, 10 e 11 de setembro, no povoado da Ilha do Ferro (Pão de Açúcar). Em seguida, dias 12, 13 e 14, a comitiva artística se instala no povoado de Entremontes (Piranhas). As oficinas acontecem das 8h30 às 11h; e das 14h às 17h.

A expansão das ações para a pintura, desenho e escultura foi possível graças às parcerias com o Sebrae, Sesc e das prefeituras das duas cidades contempladas pelo projeto.

Artistas de AL, PE e SP
Para garantir a qualidade das oficinas, o projeto Cinema no Balanço das Águas convocou um time de experientes artistas e educadores. Na área da fotografia estão Juarez Cavalcanti e Dominique Berthé, que vem de Recife para trocar experiências com os moradores do sertão alagoano.

Pedro Octávio Brandão e sua equipe ficam responsáveis pelas aulas de vídeo; enquanto o grafiteiro paulista Zezão ensina sua arte urbana a comunidade ribeirinha de Piranhas e Pão de Açúcar. A supervisão das oficinas é assinada pela artista Maria Amélia.

O resultado de tantas experiências se transformará numa exposição itinerante no barco-museu Santa Maria. A abertura está marcada para o dia 10 de dezembro, 10h, na cidade de Piranhas.

Logo depois, de 11 a 16, a embarcação percorre as águas do rio São Francisco, no trecho de Piranhas a Pão de Açúcar, com paradas tanto nas comunidades ribeirinhas de Alagoas, quanto no lado do estado de Sergipe.
 
 
 
“Quantos olhares profundos não serão revelados, paisagens, rostos, hábitos. Certamente teremos processos e resultados inesquecíveis”, diz Maria Amélia. “Despertaremos na população a necessidade de observar e registrar suas experiências e suas vidas”.

De acordo com ela, os moradores interessados irão participar de oficinas de noções e técnicas básicas da linguagem audiovisual, como uso da câmera, enquadramento, movimentos, planos, iluminação e som. Em cada etapa, explica, serão realizados exercícios práticos para que cada aluno produza imagens únicas.

“Este projeto será o início de muitas outras ações tendo o audiovisual como linguagem. Temos como objetivo a continuidade dessas oficinas como os próprios alunos produzindo os vídeos e usando-os como ferramenta de expressão e comunicação”, ressalta a artista.