Photojournalist & member of the United Photo Press, Àlex Burgaz captures
life on the world's streets for 45 years with over 20,000 photographs
-
A photograph of Plaça Catalunya in Barcelona, taken on June 14, 1979, marks
the beginning of 'Street Stories'. This project comprises over 20,000
photog...
ERIC ROHMER DEIXOU-NOS AOS 89 ANOS
Posted on 1/13/2010 by UNITED PHOTO PRESS
O realizador francês Eric Rohmer , uma das grandes figuras da Nouvelle Vague, deixou-nos, com saudade, quase aos noventa anos. No Festival de Veneza, após a apresentação do seu último filme, de 2007, “Les amours d’Astrée et de Céladon”, onde se confirma o eterno amante das “jeunes filles en fleur”, Eric Rohmer anunciou a possibilidade de se reformar. Deixou-nos na passada segunda-feira, 11 de Janeiro, na sua casa em Paris.
Em Março faria 90 anos, o realizador francês de cinema que viveu e trabalhou em plena coerência para além de todas as críticas, desde os anos 50. Foi redactor chefe dos Cahiers du Cinéma de 1957 a 1963.
Com outros dois grandes nomes do cinema francês, François Truffaud e Jean-Luc Godard, foi um dos fundadores da Nouvelle Vague.
Depois do seu primeiro filme, “Le Signe du lion”, de 1959, e até 2007, realizou uma série de longas metragens que é urgente rever.
Foi com emoção e saudade que os mais altos dirigentes de França prestaram homenagem a Eric Rohmer. “Devo-lhe absolutamente tudo”, disse o actor Fabrice Luchini.
Saudando a memória de Eric Rohmer, o presidente francês , Nicolas Sarkozy, descrevia o realizador: “Clássico e romântico, sábio e iconoclasta, leve e grave, sentimental e moralista, criou o estilo ‘rohmérien’ que sobreviverá”.
Eric Rohmer, que provou ser possível fazer grandes filmes com poucos meios, ficou conhecido como o cineasta da subtileza. Nunca se pautando pelo ‘politicamente correcto’ ou pelas correntes de moda, eternizou pelos seus filmes o espírito de um homem livre e pertinente que dissecou amiúde, com mestria e subtileza, os grandes temas da liberdade e da moral.
O cinema perdeu um dos seus grandes autores. Nós não o perderemos na memória.
Vasco Ribeiro